Um dos principais motivos que levam as mulheres ao Mastologista é a dor nas mamas (mastalgia), pois dependendo do grau, pode afetar diretamente a vida emocional e social, causando angústia, ansiedade e receio de que o sintoma sinalize uma condição mais grave.
Mas afinal, o que é Mastalgia?
Mastalgia é o nome dado às dores mamárias que são classificadas como: cíclica leve, cíclica moderada e severa, acíclica e não-mamária.
- Cíclica Leve: caracterizada por uma dor ou desconforto que surge nos três primeiros dias antes do período menstrual, desaparecendo após a menstruação.
- Cíclica Moderada e Severa: geralmente, é uma dor mamária com duração superior a uma semana e com intensidade que pode interferir nas atividades cotidianas da paciente.
- Acíclica: costuma ser uma dor mamária contínua ou ocasional, que não está relacionada ao ciclo menstrual. A mastalgia acíclica apresenta desconforto, normalmente, localizado em um ponto da mama, podendo irradiar para axila, braço, ombro e mão.
- Não-mamária: como o próprio nome diz, não é uma dor que tem origem na mama, mas pode ser uma dor musculoesquelética da parede costal, do dorso ou dos membros superiores que consequentemente irradia para os seios.
Estima-se que cerca de 70% das mulheres apresentarão dores nas mamas em alguma fase da vida, sendo mais comum no início da adolescência e no período fértil. A dor tende a diminuir na pré-menopausa e, até mesmo, desaparecer na pós-menopausa.
Causas
A dor mamária pode surgir devido ao uso de medicamentos, principalmente hormonais, e menos frequentemente ao consumo de fármacos como inibidores de recaptação da serotonina, metildopa, ciclosporina e prostaglandinas.
Raramente, a mastalgia está associada ao Câncer de Mama (somente 0,8 a 2% dos casos), mas quando acontece, costuma aparecer como uma dor acíclica focal e persistente em um ponto específico do seio.
O que o médico avalia?
Ao sentir dor nas mamas, o primeiro passo é procurar um mastologista, que avaliará fatores como: início, duração, localização e intensidade da dor, além de períodos de melhora ou piora, fatores associados e, principalmente, relação da dor com o ciclo menstrual.
Caso tenha tido algum trauma mamário ou torácico recente, é importante informar ao mastologista, que examinará cuidadosamente a parede torácica, com a finalidade de excluir possíveis causas que não estejam relacionadas aos seios.
Geralmente, o mastologista consegue avaliar e constatar a origem da dor apenas por meio da avaliação clínica e da história da paciente, bem como do exame físico detalhado. Os exames de imagem das mamas se restringem a pacientes com necessidade de rastreamento ou com suspeita de lesões focais.
Mamografia
De qualquer forma, é essencial conscientizar todas as mulheres que, exames de imagem como a mamografia, devem ser realizados regularmente, pois é um método preventivo muito importante e eficiente para diagnosticar o câncer de mama ainda não-palpável clinicamente, ou seja, nódulos que possuem menos de 1cm e que não são detectados durante o autoexame das mamas.
Quando o Câncer de Mama é detectado precocemente as chances de recuperação são maiores, assim como as opções de tratamento.
Lembrando que todas as mulheres devem fazer a mamografia anualmente a partir dos 40 anos, mas nos casos em que a paciente tiver histórico familiar para câncer de mama, o recomendável é realizá-la pelo menos 10 anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença.
Tratamento da Mastalgia
Voltando às dores nas mamas, falaremos neste bloco sobre os métodos indicados para tratar a mastalgia. Após a investigação médica sobre a origem da dor, normalmente, o principal tratamento é a orientação verbal.
Algumas mudanças de hábitos comportamentais, que embora não tenham eficácia comprovada, podem aliviar a dor nas mamas, afinal, não fazem mal nenhum à saúde. Dentre elas: uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e uso de sutiã esportivo.
Em alguns quadros clínicos, o mastologista pode prescrever anti-inflamatórios e analgésicos em geral, porém o uso prolongado, muitas vezes, desencadeia efeitos colaterais. Existem anti-inflamatórios tópicos em gel que apresentam resultados satisfatórios e menos efeitos colaterais, podendo ser uma alternativa interessante para a dor de origem osteomuscular.
O bloqueio hormonal é um dos tratamentos mais utilizados para aliviar alguns quadros de mastalgia. Os inibidores de estrogênio e de prolactina, por exemplo, podem ajudar a tratar a condição, mesmo na ausência de níveis elevados destes hormônios.
Sinais de alerta!
Após ler o ARTIGO até aqui, você deve estar se perguntando: “Afinal, quando devo me preocupar com a dor nas mamas?”.
Você precisa ficar atenta quando a dor mamária estiver associada a um nódulo endurecido e palpável ou quando perceber quaisquer sinais de alteração nesta região como: vermelhidão, inchaço, feridas que não cicatrizam, descamação persistente dos mamilos ou assimetrias entre as mamas.
Portanto, se a dor nas mamas te incomoda ou impede a execução de algumas tarefas do dia a dia, está na hora de procurar um mastologista! Agende uma consulta na Clínica Eva e esclareça todas as suas dúvidas.
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Referências
Dor Mamária – Febrasgo
Dores mamárias podem ser confundidas com câncer de mama
Mastalgia: 70% das mulheres no mundo sentem dor nas mamas
Dor nas mamas: entenda a mastalgia